quinta-feira, 7 de julho de 2011

A música pode curar

A música, adorada pela maioria dos brasileiros, pode ajudar a curar. Para quem não sabe, a musicoterapia consiste na utilização da música e de seus elementos (melodia, som, ritmo e harmonia) com o objetivo de facilitar e estimular a condição física, emocional, mental, social e cognitiva dos pacientes em reabilitação.

De acordo com a presidente da Associação de Profissionais e Estudantes de Musicoterapia do Estado de São Paulo, Priscila Borchardt, a musicoterapia pode atuar em inúmeras áreas, como geriatria, deficiências, estimulação precoce e empresarial.

“A musicoterapia se utiliza de sons e músicas para desenvolver seu trabalho, que será desenvolvido de acordo com as necessidades de cada paciente e área de atuação. O tratamento busca, através da estimulação global do indivíduo, promover melhores condições de vida, o que auxilia no tratamento de patologias”, explica.

O tratamento não tem contra-indicação e pode ser feito por pessoas de todas as idades em qualquer fase da vida, inclusive durante a gestação com o objetivo de estimular o feto. Priscila declara ainda que a musicoterapia não substitui medicamentos e o musicoterapeuta não pode receitar medicamentos. Neste caso, é muito importante que haja acompanhamento médico.

“Em alguns casos, seu trabalho faz com que a medicação seja reduzida. Devido aos estímulos, muitos sintomas deixam de existir ou tornam-se mais amenos, o que possibilita a retirada dos medicamentos, principalmente quando se trata de dor. Porém, quem tomará esta decisão será o médico”, informa.

Há várias pesquisas desenvolvidas que comprovam a eficácia da musicoterapia. A especialista cita uma delas, desenvolvida nos Estados Unidos. “O estudo comprovou a eficácia da musicoterapia com crianças em encubadoras. As que foram submetidas à musicoterapia necessitaram de menos medicação e obtiveram alta com maior rapidez”, revela.

Nos EUA, a maioria dos hospitais conta com musicoterapeutas, enquanto no Brasil ainda existem poucas pesquisas nesta área. “Cada vez mais, a musicoterapia torna-se conhecida, o que facilita a promoção de pesquisas desenvolvidas dentro de nosso País”, finaliza a musicoterapeuta.

Agência Unipress Internacional
Por Gabriela Jaya

Texto disponível no site:
http://folha.arcauniversal.com.br/integra.jsp?codcanal=984&cod=113637&edicao=719

Musicoterapia para todos


Paredes claras, luminosidade, chão de madeira, almofadas, instrumentos musicais. Esse ambiente zen, que muito lembra o clima de uma sala de ioga, é na verdade o setting ideal para sessões de musicoterapia.Tem quem franze a testa de curiosidade ao ouvir as três primeiras sílabas da palavra. Mas, é isso mesmo, terapia com música.

No Brasil há mais de 30 anos, a técnica terapêutica que utiliza sons, música e movimento como forma de tratamento de diversas patologias é pouco difundida por aqui. Ainda em processo de regulamentação como profissão, a musicoterapia é uma das poucas formas prazerosas de aliviar sintomas como estresse, ajudar crianças com problemas de aprendizagem e, até mesmo, a amenizar os sintomas de doenças incuráveis como o Alzheimer. Tudo isso por meio de conhecimentos de medicina, artes, psicologia e filosofia.

Pandeiros, chocalhos, tambores, pianos artesanais, caixas de madeira, violão, flautas, canções, canto, estalo de dedos, palmas e outros "barulhos" feitos com o próprio corpo. Os musicoterapeutas estimulam seus pacientes a utilizarem esses instrumentos como forma de expressão. Enquanto isso, o comportamento corporal e a forma como a pessoa constrói as sonoridades são analisados. Não é necessário ter noção musical e pouco importa qual o tipo de problema psicológico ou físico que você apresenta.

Musicoterapeuta do Centro Benenzon Brasil, Wanderley Alves Junior explica que todos os seres humanos têm um histórico sonoro-musical, que começa a se formar lá no útero das mães. Dos batimentos cardíacos e ruídos causados pelo movimento dos órgãos da progenitora às nossas músicas favoritas de agora. "O trabalho do terapeuta musical consiste em descobrir esse histórico e utilizá-lo como ferramenta para estabelecer um vínculo terapêutico com a pessoa que necessita de ajuda", conclui.

Cérebro e música: tratamento em conjunto

As sessões podem durar de 45 minutos a uma hora e meia. "Tudo depende da necessidade e das limitações de cada paciente, inclusive o valor da consulta", explica Priscila Borchardt, musicoterapeuta e presidente da Associação de Profissionais e Estudantes de Musicoterapia do Estado de São Paulo (Apemesp). No Centro Pró-Autista, em São Paulo, onde ela trabalha como musicoterapeuta de crianças com a deficiência, o trabalho é semanal, dura 50 minutos e pode ser realizado em grupo ou individual.

Assim como com autistas, os portadores de Alzheimer (doença caracterizada pela perda constante da memória) não são curados por esse tipo de terapia. O que existe é retardar ou atenuar os sintomas mais alarmantes. "O processo musicoterapêutico auxilia na qualidade de vida do paciente, pois atua em aspectos como memória (mesmo que por pouco tempo, pois o paciente mantém vínculos com o real por meio de músicas), expressão, comunicação (por meio do não-verbal) e sociabilidade (melhora da relação com familiares e cuidadores)", conta Luisiana Passarini, que atende pessoas com essa patologia no Centro Benenzon.

Além dos exemplos citados, essa terapia alternativa é indicada em casos de transtornos alimentares, distúrbio de comportamento e de linguagem, para promover o auto-conhecimento, recuperação de auto-estima, deficiências mentais como Síndrome de Down, idosos com mal de Parkinson, coma, dependência química, gestação e pós-parto, dificuldade em lidar com o envelhecimento e variadas doenças psíquicas.

"A música e o prazer são os únicos estímulos que percorrem os mesmos caminhos cerebrais da dor. Assim, pacientes com sensação de dor elevada se beneficiam deste tratamento que, em muitos casos, diminui a necessidade do uso de medicamentos".
Gisele Célia Furusava, musicoterapeuta

Em sua clínica, a musicoterapeuta Gisele Célia Furusava organiza sessões em grupos de no mínimo quatro pessoas. Normalmente, o agrupamento é feito por temas, como "Grupo de Professores" ou "Estresse", para que todas as necessidades de cada um dos indivíduos sejam atendidas de forma eficiente.

Ela explica que, segundo estudos, atividades relacionadas ao fazer musical ativam, simultaneamente, a maioria das regiões cerebrais: o hemisfério cerebral direito é responsável pelo processamento da altura, timbre, intensidade, melodia, canto, acordes, sons relacionados a imagens, orientação espacial e o som relacionado à emoção. Já o hemisfério cerebral esquerdo atua sobre o ritmo, duração, prosódia, leitura, elementos de lógica e análise, escrita, seqüências e memória musical.

Texto publicado no site: http://www.guiadasemana.com.br/Sao_Paulo/Mulher/Noticia/Musicoterapia_para_todos.aspx?ID=31259

Musicoterapia cura doenças e promove o bem-estar

Ouvir uma melodia pode ser um remédio tão eficaz quanto as fórmulas vendidas nas farmácias. A música faz um bem danado para o bem-estar e ainda auxilia no tratamento de muitas doenças -- da asma ao câncer, passando por lesões cerebrais. Tudo cientificamente comprovado.

"A música atinge em cheio o sistema límbico, região do nosso cérebro responsável pelas emoções, pela motivação e pela afetividade", explica Maristela Smith, coordenadora da Clínica de Musicoterapia das Faculdades Metropolitanas Unidas, em São Paulo.Esse é ponto chave da musicoterapia: um método que usa o passado sonoro para tratar males de todo tipo. "Pacientes portadores do Mal de Alzheimer, por exemplo, resgatam aspectos da memória através de canções e sons de rotina", diz a especialista.

O tratamento é altamente indicado para pessoas que apresentam distúrbios de comunicação (como transtornos da fala e gagueira); de comportamento (como hiperatividade); neurológicos, lesões cerebrais, dislexias. Nem as doenças mentais, como autismo infantil, esquizofrenia e depressão, resistem a uns bons acordes.

"A musicoterapia trabalha para desenvolver a capacidade de escuta e de convívio social, na medida que a música encontra no indivíduo um canal de comunicação disponível. Por esse acesso, ela começa a abrir novos canais de conexão", define Maristela.

A terapia com as notas musicais dividi-se em etapas: a musicodiagnóstica, em que são coletados dados relativos à historia pessoal, clínica e sonoro-musical do paciente. Em seguida, o especialista detalha seus objetivos e submete ao paciente seu plano de ação.

Começa, então, a etapa de tratamento em uma sala especial, com acústica adequada. As sessões incluem música e recursos sonoros variados CDs, vozes, instrumentos e até mesmo ruídos. O especialista avalia a reação do paciente diante de cada som, documenta tudo e vai comparando os resultados com seu projeto inicial.

" Efeitos positivos têm sido verificados logo no nas 10 primeiras sessões, principalmente, no que diz respeito ao desenvolvimento da percepção global do paciente", avalia Maristela Smith.

texto retirado do site: http://www.minhavida.com.br/conteudo/807-Musicoterapia-cura-doencas-e-promove-o-bemestar.htm